O crime foi descoberto pela mãe da vítima, que a levou para atendimento médico após perceber a ausência de menstruação.
De acordo com a delegada Lorena Alves, titular da Delegacia Especial da Mulher (DEM) de Imperatriz, a jovem, que não se comunica verbalmente e depende integralmente da mãe para cuidados diários, encontrava-se em estado de extrema vulnerabilidade.
Durante o depoimento na delegacia, a mãe precisou interromper a narrativa para trocar a fralda da filha, evidenciando a dependência da vítima.
A mãe da vítima decidiu levá-la a uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) após notar a ausência de menstruação.
Antes da consulta, questionou o companheiro sobre a situação, que negou qualquer envolvimento, mas demonstrou preocupação e sugeriu que a falta de menstruação poderia ser decorrente de anemia.
No entanto, durante a avaliação médica, foi constatada a gravidez da jovem, já em estágio avançado, com cerca de 20 semanas.
O caso foi encaminhado para o Hospital Materno Infantil e denunciado à DEM de Imperatriz.
A investigação descartou a possibilidade de outros envolvidos, já que a vítima não tinha contato social e não recebia visitas, segundo a mãe.
A Polícia Civil solicitou a prisão do suspeito, mas a Justiça inicialmente indeferiu o pedido, determinando apenas seu afastamento do lar.
O homem descumpriu a decisão e foi preso, mas acabou solto após audiência de custódia.
Uma nova representação foi feita, a prisão preventiva foi decretada, e ele foi capturado enquanto trabalhava em um serviço de recapeamento de ruas.
O inquérito conta com laudos periciais que confirmam a conjunção carnal. A investigação aguarda o resultado de exames complementares, como a coleta de DNA do feto, para comparação com o material genético do suspeito e inclusão no processo criminal.
O informante