Uma mulher de 44 anos foi morta a facadas pelo marido na frente da filha, de 8 anos, na noite deste domingo (26) no Distrito Federal.
A maranhense Maria Regina Araújo levou mais de 20 golpes de Eduardo Gonçalves de Souza, de 34 anos, que já havia sido denunciado por violência doméstica.
O crime ocorreu por volta das 20h30 na Fazendinha, região do Itapoã. Testemunhas disseram à polícia que Souza “apanhou” de algumas pessoas quando saiu de casa, mas conseguiu se desvencilhar e fugir para uma área de matagal.
Outros filhos do casal chegaram ao local do crime e tentaram impedir que o pai continuasse esfaqueando a mãe, mas também foram ameaçados de morte.
Uma equipe do Samu esteve no local e prestou apoio psicológico à filha do casal, que presenciou o assassinato e “entrou em estado de choque”, segundo os profissionais.
Familiares da mulher residem no bairro Coroadinho, em São Luís. O corpo será transladado para velório e sepultamento na capital maranhense.
Até a última atualização desta reportagem, o responsável pelo crime não havia sido preso.
De janeiro a julho deste ano, foram registrados 16 casos de feminicídio no Distrito Federal, segundo a Secretaria de Segurança Pública do DF.
O assassinato de uma mulher é considerado feminicídio quando a vítima foi morta em um crime de ódio, motivado pela condição de gênero.
Como denunciar
É possível denunciar casos de violência contra a mulher pelo telefone 180. A ligação é gratuita e anônima.
Nos sete primeiros meses de 2018, a Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência (Ligue 180) recebeu 79.661 denúncias com relatos de abuso sexual, homicídio, cárcere privado e outros tipos de violência.
O serviço funciona 24 horas por dia e preserva o anonimato a quem denuncia.
Dados de feminicídio são subnotificados no país
Os relatos recebidos via telefone são encaminhados aos sistemas de Segurança Pública e ao Ministério Público do local correspondente. O governo federal ressalta que não somente mulheres que sofrem violência devem ligar, mas também qualquer amigo ou familiar.
Além da medida protetiva, a mulher também tem direito a atendimento por equipe multidisciplinar composta por psicólogo e assistente social.