Os candidatos do concurso público de Brejo de Areia vivem uma verdadeira aflição com as incertezas que pairam sobre a continuidade do certame na cidade.
A CRESCER CONSULTORIA, proibida de realizar o concurso público em Açailândia, é a mesma responsável pelo certame em Brejo de Areia. Pasmem, a empresa que tem sua idoneidade questionada em várias ações judiciais, está deixando todos aflitos, pois, até a presente data, mesmo após o segundo adiamento, nunca divulgou sequer o resultado preliminar dos aprovados nas provas realizadas, resultado que deveria constar no site da empresa desde o dia 3 de setembro.
O mais preocupante diante de toda essa situação é o comportamento omisso dos órgãos fiscalizadores, pois, após uma busca nos sistemas de processos do Tribunal de Justiça do Maranhão, é possível constatar que existe uma Ação Popular questionando a legalidade do processo licitatório, bem como todos os atos administrativos que baseiam o certame de Brejo de Areia.
O Processo Eletrônico de nº 0801502-32.2019.8.10.0062, tramita na 1ª Vara Cível da Comarca de Vitorino Freire, mas diferente do que aconteceu em Açailandia, o judiciário vitorinense, em liminar concedida no dia 02/07/2019, apenas determinou que a empresa transferisse os valores arrecadados a título de taxa de inscrição para uma conta da prefeitura.
Apesar de várias ilegalidades apontadas, estranha-se a postura do MPE no caso da ação popular, já que o MPE em Açailândia agiu rápido e buscou suspender o concurso antes mesmo de as provas objetivas serem realizadas, enquanto que a Promotoria de Justiça de Vitorino até o momento não fez nada, mesmo o processo de licitação tendo sido aberto em janeiro deste ano, de todas as etapas já terem sido realizadas e de a empresa não vir cumprindo com o contrato regularmente.
No entanto, na contramão do que ocorreu em Açailândia, onde Ministério Público foi atuante, impedindo que a CRESCER CONSULTORIA prejudicasse a população realizando um concurso público com a utilização de métodos suspeitos. Em Brejo de Areia, a citada empresa pinta e borda sem qualquer fiscalização, atentando contra os princípios constitucionais que norteiam a administração pública e contra a esperança de milhares de cidadãos que sonham com a estabilidade do serviço publico.