A Igreja Católica escolheu nesta quinta-feira (8) seu novo pontífice: o cardeal Robert Francis Prevost, de 69 anos, foi eleito papa no segundo dia do conclave realizado no Vaticano. Natural de Chicago, Prevost torna-se o primeiro papa nascido nos Estados Unidos, encerrando o período de Sé Vacante iniciado com a morte de Francisco há 17 dias. A decisão foi confirmada pela fumaça branca que surgiu da Capela Sistina, como prevê a tradição católica.
Com uma trajetória marcada por atuação global, Prevost viveu por mais de duas décadas no Peru, onde se tornou missionário, bispo e cidadão naturalizado. Também liderou a Ordem de Santo Agostinho em nível internacional e ocupava, até sua eleição, o cargo de prefeito do Dicastério para os Bispos, órgão do Vaticano responsável por nomeações episcopais em todo o mundo. Foi nomeado para a função por Francisco, em 2023.
Prevost é visto como um nome de perfil moderado e conciliador, apto a equilibrar tendências internas da Igreja entre a continuidade do legado reformista de Francisco e setores mais conservadores. Em diversas entrevistas, defendeu uma liderança pastoral próxima ao povo, afirmando que bispos e padres devem ser humildes e acessíveis. Também é conhecido por seu trabalho junto a populações pobres e migrantes, reforçando um olhar social para o catolicismo contemporâneo.
Com fluência em espanhol e italiano, além do inglês nativo, o novo papa construiu pontes culturais e eclesiais ao longo de sua carreira. Seu nome ganha força como símbolo de uma Igreja mais globalizada, descentralizada e atenta às transformações sociais.