O suspeito deu entrada em um hotel de luxo no dia 21 de outubro dizendo ser promotor de justiça. Ele se hospedou em uma suíte presidencial e disse que ficaria até o dia 25 deste mês.
Enquanto estava hospedado na suíte, Ivan postou várias fotos nas redes sociais, ostentando, e se identificava como Ivan Amaral Filho.
O suspeito chegou a afirmar que os limites de todos os seus cartões haviam estourado, pois teria despachado carretas de gado em Xambioá (TO) e gastado todo o seu dinheiro.
Posteriormente, ele entregou à direção do hotel um cheque no valor de R$ 1.940,00 em nome de uma mulher, alegando ser sua esposa.
Ao consultar o cheque, a gerência do hotel percebeu que estava em nome de uma idosa de 78 anos e acionou a Polícia Civil.
No hotel, os agentes fizeram buscas no quarto do suspeito e encontraram vários cartões bancários, todos com as respectivas senhas anotadas, além de talões de cheques e cartões para recebimento de benefícios previdenciários.
Ao delegado, Ivan confessou ter aplicado golpes em Nova Olinda (TO), Aragominas (TO) e também no povoado Floresta.
Ele disse que se apresentava como recenseador do INSS, conversava com os aposentados ou familiares, em caso do beneficiário já ter falecido, e afirmava que eles deveriam fazer comprovação de vida.
Após receber os cartões com a respectiva senha, Ivan dizia que os familiares ou os próprios beneficiários deveriam dirigir-se ao banco para receber o cartão atualizado.
Já em posse dos cartões, Ivan sacava o dinheiro das contas bancárias, realizava compras e se hospedava em hotéis de alto padrão por onde passava.
A Polícia Civil relatou também que Ivan foi encaminhado à delegacia e ainda ofereceu R$ 10 mil ao delegado plantonista para ser liberado. Em decorrência, ele foi autuado por corrupção ativa.
Caso no Pará
De acordo com a Polícia Civil de Araguaína, Ivan já foi preso em Castanhal (PA) também por estelionato. Ele se passava por funcionário de banco, recolhia o dinheiro das pessoas para abrir conta com a falsa promessa de crédito para empréstimo.