Suspeito foi preso no local de trabalho. Corpo do professor teve mais de 30 ferimentos de faca.
Um pintor de 30 anos investigado por ser o principal suspeito de ter assassinado o professor Carlos Henrique de Sousa Luz foi preso enquanto trabalhava em uma obra no centro de Palmas, na tarde desta sexta-feira (28). O crime ocorreu no último dia 24 de abril, na capital.
“Desde o dia em que o corpo do professor Carlos foi localizado com mais de trinta ferimentos provocados por faca, a Polícia Civil deu início às investigações e não mediu esforços para identificar o autor e esclarecer a motivação para esse crime bárbaro que chocou a população de Palmas em razão da crueldade”, explicou o delegado Israel Andrade, responsável pelo caso.
Prisão e confissão
No momento em que foi abordado e preso, o pintor acabou confessando a autoria do crime, mas disse que agiu para se defender de um suposto ataque da vítima em razão de um desentendimento por conta de um encontro sexual malsucedido.
“O professor e sua esposa estavam se divertindo em uma casa noturna da capital quando encontram com o suspeito, que também estava no local”, disse o delegado.
Após iniciarem uma conversa, os três passaram a beber juntos. Tempo depois, o casal teria combinado de continuar a beber e a fazer um programa sexual a três na casa deles juntamente com o homem preso.
“No entanto, ao chegar na residência, a esposa da vítima teria se recusado a manter relações sexuais com o suspeito, que aceitou o fato em um primeiro momento e continuou a beber com o professor”, pontuou o delegado Israel.
As investigações da Polícia Civil apontam que, em determinado momento, vítima e suspeito faziam uso de bebida alcoólica e drogas e teriam combinado de manter relações sexuais.
“Durante o ato sexual, os dois se desentenderam e entraram em confronto físico. Na versão do suspeito, ele estaria sendo perseguido pelo professor, que queria manter relações sexuais. Para se defender, pegou uma faca e desferiu vários golpes na vítima”, ressaltou o delegado.
Ainda segundo o delegado, após matar o professor, o homem preso teria se desesperado e falado com a esposa da vítima a fim de esconder o corpo. Nesse ponto, a mulher teria se recusado e teria pedido para o suspeito ir embora e disponibilizado a motocicleta da vítima para esse fim. O suspeito pegou a moto e saiu do local, mas retornou algumas horas depois e deixou o veículo na residência.
“Ainda precisamos apurar se a mulher presenciou o crime ou se estaria em outro cômodo quando teria supostamente ouvido gritos do marido pedindo por socorro”, frisou a autoridade policial.
Conforme o delegado Israel, as investigações continuam no sentido de esclarecer alguns pontos ainda conflitantes no caso. “Com a prisão do principal suspeito por esse crime, a Polícia Civil dá uma resposta satisfatória a toda a sociedade palmense, pois trata-se de um crime muito grave e que abalou e comoveu muita gente, pois a vítima era muito conhecida e querida, sobretudo, na área da educação“, destacou.
Após a realização dos procedimentos legais cabíveis, o suspeito foi encaminhado para a Unidade Penal Regional de Palmas, onde aguardará a manifestação da Justiça.
AF Notícias